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v. 1, no I, p. R10-R10, (2006)

 

INCUBADORA DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA E SETOR  TRADICIONAL  DE RESENDE (IEBTST)
por
Alzira Ramalho Pinheiro de Assumpção
Departamento de Matemática e Computação, Faculdade de Tecnologia, 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Resende, R.J, Brasil.


As incubadoras de empresas são organizações que lidam com clientes especiais e em estágio inicial de formação: os novos empreendedores. Seu objetivo é, então, abrigar e iniciar pequenas e micro empresas, preferencialmente, denominadas de empresas incubadas. Propõe-se a colocar à disposição as consultorias disponíveis nas universidades, institutos de pesquisa e empresas especializadas, bem como assessorias como as do SEBRAE e outros apoios que podem ser custeados por programas governamentais e privados que estimulem o empreendedorismo. "O empreendedor tem mais chances de sucesso quando planeja e testa seus produtos ou serviços. " Aranha (1999).

  Dessa forma, pode-se, também, desenvolver a região onde a incubadora está inserida, caso as empresas incubadas estejam articuladas com as políticas públicas e as diferentes vocações do seu entorno. Um estudo feito pela Universidade de Ohio, em 1997 nos Estados Unidos, mostra que o custo de criação de um posto de trabalho pelas incubadoras é de três a seis vezes menor do que os outros programas de desenvolvimento econômico com subsídio público de $1.109,00 por emprego. A passagem das empresas incubadas pela incubadora será vital porque poderá definir se as idéias e negócios dos seus empreendedores têm chances ou não de sucesso. O estudo citado anteriormente constata que a taxa de sobrevivência dos novos negócios que começaram nas incubadoras passa de 10 a 25% para 75%. Por outro lado, pelo fato das incubadoras abrigarem micro e pequenos empreendimentos, em geral, é necessário ressaltar que essas empresas -no mundo- produzem um terço dos produtos manufaturados, empregam a metade dos trabalhadores em manufatura e são responsáveis por um terço do total da exportação. Isso significa que abarcam 95% dos negócios feitos. O programa de desenvolvimento das Nações Unidas em 1996 patrocinou um projeto de cerca de 200 incubadoras de negócios tecnológicos com impacto de cerca de 26 mil empregos em 78 incubadoras.   

 

A primeira incubadora sem fins lucrativos foi concebida no final da década de 50 , em Nova York. No Brasil, porém, surge em 85 na cidade de São Carlos, em São Paulo. Segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (ANPROTEC) em 2001 o número de incubadoras era de 159 e vem crescendo de forma vertiginosa.

.A Incubadora de Empresas da UERJ/RESENDE criada por Ato Executivo da Magnífica Reitora professora Nilcéa Freire participou do Edital 04/2002 do SEBRAE/RJ e foi agraciada com recursos para ser implantada. O primeiro passo que é a assinatura do convênio entre a UERJ e o SEBRAE/RJ já foi realizado. A seguir, de acordo com o Edital, é necessário que seja elaborado o Plano de Negócios da Incubadora, que já está pronto. Após esses procedimentos, a segunda parte dos recursos será liberada pelo SEBRAE/RJ. Em seguida, com o apoio de uma consultoria, o Edital será lançado convocando os empreendedores que desejarem se instalar na incubadora que pode, atualmente, receber até quatro empresas. O local onde as empresa ficarão instaladas, no campus KODAK está reservado e dotado da infraestrutura necessária. O processo para a consolidação do projeto da Incubadora de Resende, apesar de alguns imprevistos que retardaram a sua implantação, como a demora na liberação dos recursos, está na fase final. 

FIM

 


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