Revista online do Demac |
v. 1, no I, p. R9-R9, (2006) |
|||||
|
||||||
PARCERIA
UNIVERSIDADE/EMPRESA |
||||||
|
||||||
|
|
|
||||
Uma
possibilidade envolvendo os estudantes, as empresas do setor produtivo
privado e o setor de governo, as entidades de classe e as universidades teria
grande possibilidade de sucesso. As ações normativas, que fossem de caráter
cooperativo e multilateral, passariam por decisões em colegiados com
representações multilaterais. As ações executivas, que fossem de caráter
individual de cada ator do processo, não seriam submetidas aos colegiados. A base estrutural da proposta
iniciar-se-ia pela criação de um Centro de Pesquisas e Engenharia de
Certificação (CePEC), que teria como suas atividades–fim a pesquisa e a pós-graduação, o controle de oferta e demanda
dos estágios de engenharia, o controle de oferta e demanda das questões
tecnológicas presentes no dia-a-dia do setor produtivo e que demandassem
averiguação mais aprofundada, mas que não necessariamente demandassem
pesquisa profunda (assuntos para tratamento pelas empresas juniores e pelas
coordenações de projetos de fim de curso das Instituições de Ensino Superior
da região), bem como da certificação da qualidade, dos produtos e serviços
gerados na região.
Figura 1. Organograma Simplificado do CePEC O Conselho Superior, órgão de decisão maior
do CePEC, seria composto por representantes dos diversos atores envolvidos
com o CePEC, os quais poderiam ser: As universidades, os centros
universitários e as escolas de ensino superior atuantes no ensino de
graduação e/ou pós-graduação e pesquisa em engenharia na região; das
indústrias e demais entidades da iniciativa privada ou do setor público que
empregam a mão de obra de engenheiros na região; dos sindicatos patronais e
laborais que sejam, de alguma forma, envolvidos com profissionais da
engenharia; da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do
Rio de Janeiro (CREA – RJ). A presidência, organismo de caráter estritamente
executivo, composta do presidente e dois vice-presidentes, um para a área
administrativa e outro para a área de tecnologia, teria como suas principais
funções representar o CePEC e tomar todas as ações necessárias ao bom
desempenho das atividades das divisões administrativa e de tecnologia. |
|
A divisão administrativa seria responsável por todas as atividades–meio do CePEC, envolvendo as questões legais e regimentais, os contratos e os convênios, bem como as atividades de finanças e controle, constituir-se-ia de dois departamentos: Finanças/Controle e Jurídico/Contratos. A divisão de tecnologia, responsável pelas atividades–fim do CePEC, constituir-se-ia de quatro departamentos: Serviços; Pesquisa e Pós-Graduação; Central de Estágios e Relações Externas. As decisões de cada departamento passariam por um colegiado departamental e as decisões seriam levadas à divisão de tecnologia. As decisões na divisão de tecnologia passariam por um conselho interdepartamental, presidido pelo vice-presidente de tecnologia e daí encaminhadas à presidência para apreciação e ponderação, seguindo desta para o conselho superior, que deliberaria em caráter definitivo sobre o assunto. Algumas
das dificuldades hoje encontradas pelos cursos de engenharia da região, como:
deficiências em centro de informática; em bibliotecas; em convênios; na
integração teoria/prática; em veículos para publicação de suas pesquisas; com
a educação continuada; no contacto com ex-aluno e na dificuldade de implantar
pós-graduação, elementos estes
tidos como de grande importância, senão mesmo indispensáveis, à excelência
dos cursos de engenharia, teriam no CePEC o necessário apoio para que tais
dificuldades pudessem ser sanadas. O
setor produtivo da região disporia de um centro de serviços e aporte de
tecnologia que em muito contribuiria para seu desempenho global, bem como
para cada empresa individualmente. Os estudantes de graduação em engenharia
teriam o acesso, às oportunidades de estágios supervisionados (curriculares
ou extra-curriculares), aos temas tecnológicos para que realizassem seus
projetos de conclusão de curso e a oportunidade de trabalhos de engenharia
via as empresas juniores de suas escolas. Os alunos de pós-graduação teriam a
oportunidade de, tanto aplicando o conhecimento científico profundo, quanto
desenvolvendo pesquisas de base, gerar novas tecnologias e ampliar o
conhecimento apoiados pela estrutura do CePEC que poderia, por exemplo,
disponibilizar apoio material em forma de bolsas de estudos, laboratórios e
montagens de bancadas de experimentos. Os profissionais, quer nos serviços de
engenharia junto ao setor produtivo, quer no ensino da ciência da engenharia
nas escolas, teriam no CePEC a oportunidade de integração e de troca de
experiências.
|
||||
E-mail: duque@fat.uerj.br |