Discutimos
inicialmente a origem da física moderna com Newton, que
unificou num mesmo arcabouço matemático os fenômenos mecânicos
terrestres e celestes. A mecânica newtoniana incorporou o princípio
da relatividade, devido a Galileu, e introduziu as noções
de espaço e tempo absolutos. A teoria eletromagnética de Maxwell,
por sua vez, unificou os fenômenos elétricos, magnéticos e ópticos.
A teoria ondulatória da luz parecia exigir a existência de um
meio, chamado éter, para permitir a propagação da luz no vácuo.
O fracasso das tentativas de determinar a velocidade da Terra em
relação ao éter provocou uma crise na Física. FitzGerald
e Lorentz propuseram que os corpos deveriam sofre uma contração
na direção do movimento relativo ao éter. Em 1905, Einstein
mostrou que a resolução do conflito exigia um reexame crítico e
revolucionário das noções tradicionais de espaço e tempo.
Mostramos como o princípio da relatividade, agora estendido a toda
a Física, e o postulado da constância da velocidade da luz no vácuo
conduzem à relatividade da simultaneidade, à contração dos
comprimentos e à dilatação do tempo. Apresentamos, finalmente,
uma dedução simples da célebre equação E=mc2, que
estabelece a equivalência entre massa e energia. |